Um idoso aposentado de Praia Grande (SP) criou uma empática iniciativa para levar e comida a moradores de rua e cachorrinhos abandonados da cidade.
Desde o início da pandemia, Seu Sikeira, e 66 anos, prepara e leva todos os dias comida e água para desabrigados e indivíduos em situação de vulnerabilidade – tudo de graça, apenas com a missão de servir e ajudar ao próximo.
Segundo o idoso, o salário mínimo da aposentadoria que ele ganha é suficiente para mantê-lo e ainda comprar suprimentos a quem precisa. Ele faz isso desde o dia 21 de março de 2020, ininterruptamente: acorda cedo, prepara as refeições ao lado da esposa, Dona Ione, pega sua bicicleta e viaja pela cidade servindo os outros.
“Eu comecei esse trabalho com moradores de rua, desabrigados, na fila da Caixa Econômica também, servindo achocolatado, pão, margarina, bolacha, chá, água gelada. Depois vi a situação dos animais também, aqueles cachorrinhos sem água pra beber, com fome. Resolvi dar ração e água também e às vezes levo remedinhos para passar na perna”, comentou Seu Sikeira.
“No começo é muito difícil, mas depois a gente vê o resultado, é muito gratificante. Pessoas que deixaram a rua, se libertaram das drogas, outros estão trabalhando. Tem uns que que dizem que iam assaltar, mas por causa da minha atitude de gentileza, desistiram. Ou seja, isso transforma”, complementou.
A boa ação do idoso ganhou visibilidade nacional há algumas semanas graças às redes sociais.
“Eu quero fazer com que Praia Grande olhe para a pessoa em situação de rua, desabrigada, de uma forma diferente, trate eles de uma forma diferente. Por onde eu passo, quem não doava passa a doar, e eles passam a serem amados. É tudo o que eles precisam, do abraço, do amor, a fraternidade que levanta eles”, disse.
“Já são pessoas machucadas, muito feridas, que perderam tudo, cumpriram pena, apanharam, que já vêm sendo massacrados por quem pode. As pessoas com mais condição terminam vilipendiando e eles já estão muito machucados e esse trabalho não tem palavra, só ação. Eu quero impactar a população“, concluiu.
Fonte: Catioro Reflexivo
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