A professora panamenha Graciela Bouche, de 37 anos, fez uma coisa que poucos fariam. Determinada a ensinar os alunos da etnia Emberá, ela fez um trajeto de canoa para chegar até eles. Nesse sentido, ela saiu da área urbana da província do Panamá para uma cidade rural na província de Colón.
Graciela se empenhou para ajudar porque as crianças da comunidade indígena não possuem recursos para aulas online, devido à falta de tecnologia. No local, o sinal é ruim.
Então, a educadora vai até a zona rural uma ou duas vezes por semana. Para isso, precisa atravessar o rio Chagres e conta com a ajuda de Madelaine, uma indígena de 25 anos que, com seu remo e canoa, leva a professora ao porto de Ella Puru. “A decisão de ajudar foi devido ao problema de conectividade que eles têm e, por isso, não estavam recebendo o conteúdo acadêmico como o resto do alunos”, relatou Graciela.
Para a aula, ela leva um quadro-negro, um laptop e um pouco de alimento. “A experiência tem sido boa. A jornada é longa e perigosa. Mas ela faz isso pelo amor das crianças e nós estamos aqui para apoiar a professora”, relatou Evelyn Cabrera, secretária da comunidade Ella Puru e mãe de uma criança que está na primeira série.
Bela atitude!