Dalva era conhecida na Vila Mariana, São Paulo, por seu carinho e preocupação com os animais. Costumava recolher cães e gatos em condição de risco e não demorava a conquistar novos lares para eles.
Porém, protetores de animais começaram a achar muito estranha a rapidez com que Dalva Lina arrumava novos donos para os bichinhos que acolhia. Com isso uma ONG resolveu pôr um detetive particular para investigá-la. E ele fez uma descoberta chocante.
De forma suspeita, Dalva foi vista pondo sacos de lixo frente à casa de uma vizinha. Quando a polícia foi chamada para verificar deparou-se com os animais mortos e enrolados, um a um, entre panos e jornais. A mulher foi presa em flagrante como suspeita das mortes.
Dentro da sua casa havia uma cadela e oito gatos, todos vivos ainda.
O caso ocorreu em 2012. Mas Dalva aguardava a decisão da justiça em liberdade. Em 2015 ela foi condenada a 12 anos de prisão pela morte de 37 cães e gatos, mas no dia 09/11/2017, a pena foi aumentada para 17 anos e seis meses de reclusão.
É a primeira vez que uma pessoa, no Brasil, é punida tão severamente por maus tratos em animais. Dalva foi acusada também de obter medicamentos de uso restrito unicamente por veterinários. Nos autos do processo consta que ela aplicava uma injeção no coração dos bichinhos para executá-los.
Dalva Lina não foi encontrada pelos policiais para ser conduzida à cadeia, não sendo localizada também nos outros três endereços que forneceu à justiça.
Depois de um tempo ela foi presa
Um gerente de banco teria reconhecido a mulher de reportagens que tinha visto na TV. Em seguida, acionou a Polícia Militar (PM), que foi até a agência e prendeu a condenada.
Ela foi encaminhada para a carceragem do 89º Distrito Policial (DP), no Portal do Morumbi, também na região Sul da cidade. A mulher aguarda a definição da unidade prisional onde será levada para o cumprimento da pena.