Crianças do mundo inteiro fazem cartas para o Papai Noel. E as vezes nos emocionamos com historias como a do menino Pedro, que pediu milho para poder alimentar seu cavalo.
Pedro vive com sua família em uma casa simples em Santa Cruz do Sul, RS. Ele perdeu a mãe no ano passado, por conta de um câncer, e agora mora com o pai Isidor Renê Zilch, que trabalha colhendo fumo, e com os irmãos Isidor, de 7 anos, e Mateus, de 14.
Durante uma aula as crianças deveriam escrever uma carta para o Papai Noel. Quando foi ler as cartas Roriane Peres Chagas, uma das recreados da organização, se emocionou ao ler que o menino Pedro pediu sacos de milho, um pelego, uma rede de pesca, um saco de bolitas (bolinhas de gude) e um “telefone de mexer na tela”.
Questionado Pedro, detalhou melhor o pedido, “Os sacos de milho, quero dar para o Gateado (seu cavalo). O pelego é para poder montar de forma mais fácil, e quero tirar fotos dele com o telefone. O saco de bolitas é para dar ao meu irmãozinho e a rede de pesca é para ir com o meu pai pescar no açude”
A ideia da escola era entregar os pedidos das cartas para a empresa de cigarros Philip Morris realizar os sonhos da crianças.
A carta de Pedro chamou muita atenção, pois segundo ele o cavalo é um de seus melhores amigos. Pedro cuida muito de Gateado, até mesmo lhe dá comida na boca.
“Até mesmo o celular, único objeto de maior valor pedido por ele, tem o objetivo de tirar fotos do Gateado”, disse o assistente administrativo da Aesca, André Rocha.
Atualização:
Veridiana Knod da Rocha, coordenadora do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Beckenkamp, disse que empresas da região se sensibilizaram e gostariam de atender aos pedidos de Natal de Pedro.
Ainda estamos revisando as cartinhas de todas as crianças para enviar à Philip Morris, sobretudo o tamanho das roupas que pediram. No entanto, diante da repercussão da carta do Pedro, muitas doações já estão sendo encaminhadas.
A Aesca mantém parceria com a Prefeitura de Santa Cruz do Sul e com o Estado. Segundo o assistente administrativo André Rocha, quem quiser ajudar as crianças que frequentam os serviços de convivência pode entrar em contato pelo telefone (51) 3719 5159.
Fonte: elos.com.vc