Flamenguista rifa ingresso da semifinal da Libertadores para tratar câncer do cachorro

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Qual é o bem material mais valioso que você tem? Um carro? Uma casa? Para muitos, pode ser até um pedaço de papel. Caso do rubro-negro Danilo Mello, que rifou o ingresso do jogo de volta da semifinal da Libertadores, dia 23, contra o Grêmio, no Maracanã, para custear o tratamento do seu cachorro, que luta contra um câncer. Em troca, contou com o apoio da torcida do Flamengo, que bateu a meta estabelecida em menos de uma semana.

Danilo tem 32 anos, mora no Estácio, no centro do Rio, e está atualmente desempregado. Junto da namorada Renata Ragi, de 31, cuidam de “Doze”, nome do cachorro que estava abandonado em Niterói e foi adotado pelo casal em 2014. O drama atrás de dinheiro começou após uma consulta ao veterinário para cuidar de uma inflamação, eles descobriram que o animal teria que tratar da doença.

— Ele estava tendo uma inflamação no queixo. Começamos a achar estranho e levamos ao veterinário. Ele operou e tirou, mas depois saiu o resultado e vimos que era um tumor maligno, grau 3. A médica falou que ele teria que passar por sessões de quimioterapia e radioterapia — conta Danilo.

Os valores assustaram o casal: apenas na primeira fase do tratamento, os gastos seriam entre R$ 7 mil e R$ 9 mil reais.

Na última quinta-feira, descobriu-se um novo caroço na mandíbula de “Doze” e uma outra cirurgia, esta não programada, pode aumentar o custo para R$ 10 mil. Então, surgiu a ideia de fazer uma rifa para pedir ajudar a amigos próximos e familiares. O objeto de maior valor escolhido foi o ingresso para a semifinal da Libertadores.

— Eu tenho 100 amigos, ela [Renata] tem 100 amigos, se todo mundo conseguisse doar, teríamos o dinheiro. Pensei no objetivo e coloquei o mínimo (R$ 7 mil) para ver o que aconteceria. Mas não esperávamos que ia explodir assim — diz Danilo, que viu a sua rifa chegar em diversas páginas da torcida do Flamengo, que abraçaram a causa.

— Nós estávamos pensando no que fazer para achar os R$ 10 mil reais. Pensamos que a vaquinha seria difícil pois a ideia seria só chegar nos amigos. Pensei em vender o carro, mas não daria nada porque nem ele está pago direito. Vi em casa e só tinha um videogame antigo, e o que tem de mais peso material é o ingresso do Flamengo. Aí falei, é isso, tenho certeza como todo mundo quer esse ingresso — revela, lembrando que sua namorada foi reticente em relação a decisão de doar o bilhete por saber do seu carinho pelo clube

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A vaquinha começou na última sexta-feira, coincidentemente no dia de São Francisco de Assis, o protetor do animais.

Até o domingo, foram dormir com quase R$ 2 mil reais doados, mas o ‘boom’ veio após a torcida do Flamengo divulgar a causa. Até a publicação desta reportagem, mais de R$ 7.500 mil já estão na conta do casal. Eles prometem que o valor doado além do limite será repassado para uma ONG de resgate a animais.

— Sou torcedor do Flamengo fanático, viciado. Acompanhava desde os times ruins, com Leo Medeiros e etc… Hoje é outra coisa, tem 150 mil sócios e todo mundo quer ir — conta um sorridente Danilo, que realizou a primeira sessão de quimioterapia de “Doze” nesta segunda-feira.

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Fonte: Extra Globo

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