A exploração de cães para a reprodução e venda de filhotes de raça, infelizmente, é uma realidade em diversas partes do mundo. Ao comprarem um lindo filhote escolhido apenas pelo porte, cor e outras características físicas, alimenta-se uma indústria cruel que escraviza matrizes e descarta os filhotes não considerados desejáveis, como o caso do cãozinho Bertram.
Muito jovem este pequeno filhote conheceu que a humanidade pode se apresentar com sua face mais obscura. Separado de seus pais e irmãos, ele foi covardemente abandonado por seu criador, por ser considerado muito grande para um bebê e assim, indesejável para futuros clientes.
Com o futuro incerto, Bert, como é carinhosamente chamado, teve seu perfil anunciado no petfinder, um site de anúncios de adoção e animais desaparecidos. O cãozinho seria apenas mais um rosto entre um catálogo imenso de animais em busca de um lar na cidade Tulsa, em Oklahoma (EUA).
Mas o destino do doce animal estava prestes a dar uma reviravolta.
A artista nova-iorquina Kathy Grayson ficou tocada com os grandes olhos expressivos e jeito desengonçado de Bert e soube imediatamente que precisava dele para completar sua vida.
Ela voou até Tulsa e o adotou. Agora, o cachorro vive na cosmopolita Nova York e passa os dias na galeria de arte de sua nova tutora. Kathy conta que ele se tornou uma adorável atração do lugar. “Eu amo quando as pessoas vêm à galeria para ver Bertie ou quando eles trazem seus cães para o conhecer! A galeria é gratuita e aberta ao público”, contou.
“Bert é um cara maravilhoso e faz as pessoas felizes. A Internet e as redes sociais são construídas para animais fofos, as pessoas precisam de um antídoto para toda a maldade”, finalizou.