Casal refloresta região para ser o lar de espécies ameaçadas

Com a atual situação do nosso planeta, é preciso contar com a união de todos para tentar salvá-lo. Nesse cenário perigoso, toda ajuda é necessária, e depende de cada um de nós fazer o que estiver ao nosso alcance. Afinal de contas, é a nossa casa que está em jogo.

Pensando nisso, um casal teve a fantástica ideia de replantar mais de dois milhões de mudas de árvores como uma tentativa de trazer uma floresta inteira de volta à vida.

O fotógrafo de renome internacional e sua esposa trabalharam incansavelmente durante anos para reflorestar a fazenda da família. Hoje, o lugar é o lar de mais de 500 espécies ameaçadas de extinção. E o casal ainda criou um instituto de preservação do meio ambiente.

O reflorestamento

Tudo começou em 1994, quando o economista Sebastião Salgado viajou para Moçambique e Angola a trabalho. Na época, Sebastião era assessor do Banco Mundial. Durante a viagem, ele observou as consequências dos genocídios ruandeses em 1994. Foi então que ele deixou a economia de lado e decidiu se aventurar na sua paixão pela fotografia. Com isso, ele queria mostrar ao mundo o que tinha visto.

Quando voltou para a sua cidade natal, Aimorés, no interior de Minas Gerais, Sebastião esperava encontrar o paraíso tropical que tinha deixado para trás. Mas ao invés disso, ele descobriu que toda a área da fazenda de sua família havia sido desmatada. Restava apenas 0,5 por cento da terra coberta por árvores.

Dada a situação, sua esposa, Lélia Deluiz Wanick Salgado, sugeriu que o casal replantasse toda a floresta nos 607 hectares de terra da propriedade da família. “Então minha esposa teve uma ideia fabulosa de replantar está floresta. E quando começamos a fazer isso, todos os insetos, pássaros e peixes voltaram e, graças a esse aumento das árvores, eu também renasci – essa era a mais momento importante”, conta Sebastião.

A princípio, a ideia audaciosa poderia soar um pouco surreal, mas não para o casal Salgado. Sebastião concordou e então os dois contrataram mais de 24 funcionários para ajudar na missão de reflorestar a região. Com o passar dos anos, a ideia atraiu vários adeptos se se voluntariaram para ajudar na plantação das mudas.

Como era de se esperar, seria algo que levaria tempo para observar os resultados. Mas lentamente a floresta voltou a florescer graças à atitude de Sebastião e Lélia de reflorestar a área. Desde 1998, mais de dois milhões de mudas de 293 espécies de árvores foram plantadas.

Instituto Terra

Juntos, o casal fundou uma organização não governamental comunitária e sem fins lucrativos. O Instituto Terra foi criado em abril de 1998, e atua na região do Vale do Rio Doce, entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Com a criação do instituto, Sebastião disse que encontrou uma solução para o problema da mudança climática. “Talvez tenhamos uma solução. Existe um único ser que pode transformar o CO2 em oxigênio, que é a árvore. Precisamos replantar a floresta”, explica o fotógrafo.

“Você precisa de florestas com árvores nativas, e você precisa coletar as sementes na mesma região que você plantou ou as serpentes e os cupins não virão. E se você plantar florestas que não pertencem ao lugar, os animais não vêm até ela e a floresta está em silêncio”, diz Sebastião.

Fonte: Fatos Desconhecidos

Facebook