Casal adota 3 meninas adolescentes e da lição de amor

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Muitos casais, quando decidem adotar uma criança, preferem adotar bebês ou quando crianças ainda são muito pequenas. Indo contra essa tendência, Claudia Viera e Julles Ramon adotaram filhos muito mais velhos do que regularmente as pessoas costumam adotar.

O casal é totalmente contra a ideia da expressão ‘adoção tardia’. Eles dizem acreditar que nunca é tarde para amar e ser amado. Claudia e Julles possuíam duas filhas biológicas, Bárbara e Ana Gabriela, e adotaram outras quatro, quando elas já eram adolescentes.

Amor que não se mede

“Muitos casais preferem adotar bebês, mas já tínhamos vivido essa fase com nossas filhas biológicas. Nunca é tarde para amar e ser amado. É possível amar um filho de qualquer idade”, contou Cláudia ao portal Razões para Acreditar.

O casal decidiu que adotaria seus filhos durante o tempo em que estavam realizando trabalhos voluntários em Olinda, no Pernambuco, onde moram atualmente. Naquele tempo, eles conheceram a realidade das crianças e adolescentes que vivem em abrigos e, por isso, decidiram que, quando fossem adotar sua próxima filha, a idade não seria o fator decisivo.

Eles entraram no Cadastro Nacional de Adoção e conheceram sua primeira filha, Anne. A menina morava com sua família biológica em São Paulo. Anne, morava com sua mãe, uma avó e mais oito irmãos, em uma casa de apenas dois cômodos.

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“Passamos por necessidade. Cuidávamos um do outro. O mais velho cuidava do mais novo”, lembrou Anne. A menina ainda se lembra que sua avó, aposentada, era quem cobria as despesas da casa e que sua mãe não era presente. Os vizinhos da menina fizeram uma denúncia.

“O conselho tutelar foi até minha casa e levou a gente para um abrigo. Eu e mais cinco irmãos. Os outros dois não foram porque eram mais velhos. Minha avó e meus dois irmãos se esforçavam muito para ir nos visitar, ao contrário da minha mãe”, contou Anne.

Ela e os irmãos ficaram em um abrigo por quase três anos antes de serem colocados para adoção. “Os mais novos foram adotados muito rápido. Infelizmente, a maioria das pessoas no Cadastro Nacional de Adoção quer crianças, e não adolescentes. Isso faz com que tenha mais gente para adotar do que pessoas para serem adotadas”, afirmou a jovem.

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Uma nova vida

Claudia e Julles foram até São Paulo para conhecer a adolescente, em 2014. Foi amor à primeira vista. Segundo Anne, ela mal podia esperar para ser adotada pelo casal. E assim, aos 13 anos, sua vida recomeçava. Anne se mudou com seus novos pais para Olinda, onde conheceu suas irmãs, filhas biológicas do casal.

“Tinha acabado de ganhar mais do que eu ganharia na loteria. Meus pais são únicos, desde o primeiro contato eles me deram amor e carinho. Fui muito bem recebida pela minha nova família, era tudo o que eu mais precisava. Eu cresci, fui reeducada, aprendi a ser filha e me tornei uma nova pessoa. Meus pais foram um presente de Deus! Sim, vou adotar adolescente e dar uma nova oportunidade, mais do que isso, amor!”, agradeceu Anne.

Depois da adoção de Anne, o casal adotou Polyana, de 15 anos, em 2015, Vanessa, de 16 anos, em 2016, e Sabrina, de 11, em 2018. “A adoção de adolescentes tem seus desafios particulares, é um processo longo de estabelecimento de vínculos afetivos e confiança. Mas é tão gratificante!”, afirmou Cláudia.

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“Aprendo muito com minhas filhas. Aprendo a valorizar as pequenas coisas, que, muitas vezes, passam despercebidas. Aprendo o valor de um sorriso e de um olhar de afeto. Aprendo sobre a importância de me sentar ao lado delas e conversar, falar sobre o dia e perguntar sobre o que sonharam à noite”, concluiu Julles.

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Fonte: Fatos Desconhecidos


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